quarta-feira, 9 de junho de 2010

Turismo Ecológico e de Pesca "Amadora".



Turismo Ecológico

Conhecer esse magnífico patrimônio ecológico, regido pelo signo das águas, é experiência inesquecível. Considerado o mais bem conservado e intocado ecossistema do planeta, o Pantanal Sul pode ser visitado durante qualquer época do ano.

A alternância das águas - nas cheias ou na seca - proporciona cenários indescritíveis que sofrem significativas mutações. O encanto da paisagem faz explodir a emoção, principalmente ao amanhecer e ao entardecer, quando todo o Pantanal se transforma em sons e cores.

Para receber os visitantes não familiarizados com a região, existem, no interior do Pantanal, hotéis especialmente construídos e com todo o conforto ou casas de fazenda adaptadas oferecendo opções de passeios a cavalo ou em barco, caminhão, picape e trekking. Tudo com acompanhamento de guias ecológicos profundamente conhecedores da região.

Por sua localização, no centro da América do Sul, essa região apresenta grande variedade de flora e fauna, originada dos Cerrados e da Mata Atlântica, contribuindo assim para maximizar sua diversidade biológica. Trata-se do maior santuário ecológico do planeta. Por todas as suas características funciona como um monumental criatório de espécies, especialmente de peixes. Por isso, pode ser chamado de berço do paraíso, onde milhares de plantas, mamíferos, aves, insetos e peixes, recriam a natureza a cada nova estação.


Mato Grosso figura como um local ideal para as atividades de pesca esportiva, com áreas quase virgens, sem ações predatórias, já dispondo hoje de um razoável conjunto de infra-estrutura voltada para atender as necessidades dessa prática de turismo, esporte e lazer.

O rio Paraguai e seus afluentes percorrem o Pantanal, formando extensas áreas inundadas que servem de abrigo para muitos peixes, como o pintado, o dourado, o pacu, e também de animais, como os jacarés, as capivaras e ariranhas, entre outras espécies. Muitos animais ameaçados de extinção ainda possuem populações vigorosas na região pantaneira, como o cervo-do-Pantanal, a capivara, o tuiuiú e o jacaré.


Devido a baixa declividade desta planície no sentido norte-sul e leste-oeste, a água que cai nas cabeceiras do rio Paraguai, chega a gastar quatro meses ou mais para atravessar todo o Pantanal.


O clima é quente e úmido, no verão, e frio e seco, no inverno. A maior parte dos solos do Pantanal é arenosa e suportam pastagens nativas utilizadas pelos herbívoros nativos e pelo gado bovino, introduzido pelos colonizadores da região.


Realizar turismo ecológico no Pantanal Norte Mato-grossense é descobrir e participar das grandes aventuras do encontro com jacarés, sucuris, emas, araras-azuis, capivaras, veados, tamanduás, além de centenas de pássaros que elegeram a região como um dos três mais importantes locais do mundo para suas rotas migratórias, todo o Pantanal se transforma em sons e cores.




Turismo de Pesca – “Pesca Amadora”


As espécies mais capturadas pelos pescadores amadores são: pacu, pintado, cachara, piranha, piavuçu, barbado, dourado, jaú, curimbatá, piraputanga, jurupensém, jurupoca, e tucunaré (peixe da bacia amazônica introduzido em algumas áreas do Pantanal).


Em virtude da abundância e diversidade de peixes, a pesca sempre foi uma atividade econômica tradicional no Pantanal. A partir de meados da década de 80, o setor turístico se estruturou para oferecer transporte, hospedagem e serviços especializados para o pescador amador, que se tornou seu principal cliente.


Os rios onde são realizadas as pescas são Rio Paraguai, Guaicurú, Quebracho, Apa, Nabileque, Piranha, entre outros...

Flora

Em terrenos alagados encontram-se espécies flutuantes como o Aguapé, Erva-de-Santa-Luzia e espécies de água rasa como a Vitória Régia.



Aguapés

 
Erva - de - Santa - Luzia


Vitória Régia

Terrenos mais altos e mais secos é composto por gramíneas que dá um aspecto de campo.


Carandá


Buriti


Aroeira - Piúva


Figueira

A vegetação que acompanha as margens dos rios é chamada de Mata Ciliar.


Mata Ciliar


Jenipapo


Ingazeiro


Embaúba


Tucum


Pau-de-Novato

Onde há a formação de rocha calcária, as espécies características da caatinga nordestina predominam.


Mandacarus

Fauna


Jacarés
Houve um período de extinção devido à caça ilegal, mas atualmente há mais de três milhões desta espécie vivendo em lagos e rios da região Pantaneira.


Tuiuiú
Símbolo do Pantanal, esta ave é da mesma família da cegonha européia, é considerada de grande porte chegando a medir um metro e sessenta de altura a pesar dez quilos.



Macacos
 As espécies mais encontradas são os bugios, macacos-prego e sagüis.


Bugio


Macaco - Prego


Sagüi

Peixes
 A pesca é uma atividade muito prestigiada e é motivada em épocas próprias (fora da época de piracema, em outras palavras, reprodução). Espécies mais comuns são as piranhas, pintado, dourado, pacu e o curimbatá.


Piranha


Pintado


Dourado


Pacu

Arara – Azul
Considerada uma ave em extinção; Em época de acasalamento separam-se em casais e fazem ninhos nos ocos das árvores.



Capivara
 maior roedor do mundo podendo chegar à um metro de comprimento, costuma viver em grupos familiares.



Veado
 Não são tão comuns, mas estão presentes em algumas espécies tais como veado-mateiro, veado-campeiro e o cervo do pantanal.


Veado - Campeiro


Cervo do Pantanal

Pássaros
 Uma das maiores atrações do Pantanal. Há uma enorme diversidade de espécies, mas as mais encontradas são gavião preto, chororó do Pantanal, garça e o Tuiuiú.


Gavião Preto


Garça

Onça
 Animal de costumes noturno podendo dois metros e meio e pesar 160 quilos. Suas presas favoritas são os jacarés e as capivaras.



Iguana
 No Brasil conhecido como Camaleão, é herbívoro e costuma fazer ninhos às margens de rios.




Lobo-Guará
É uma espécie ameaçada em extinção, é preservada através de projetos de monitoramento por coleiras.


Ariranha
 Já foi uma espécie considera extinta devido à caça ilegal por sua pele, porém atualmente está na lista dos animais ameaçados à extinção.

 



Biodiversidade do Pantanal

A grande biodiversidade do Pantanal está associada ao regime das inundações que mantém grandes áreas alagadas por períodos que variam entre 6 a 12 meses.
Tal regime determina a disponibilidade de áreas secas e inundadas que, por sua vez, influencia a distribuição sazonal das diversas espécies.

Fauna

Há uma grande diversidade na fauna da região. Muitas espécies consideradas raras podem ser encontradas no Pantanal e também outras que estão na lista de espécies ameaçadas à extinção, como a onça pintada e a ariranha.
Infelizmente, muitos animais correrem o risco de desaparecerem, devido à caça ilegal e ao desmatamento. É fundamental a preservação do ecossistema e controle da caça para que esse paraíso natural continue existindo no Brasil.


Flora

A vegetação do Pantanal é formada por um conjunto de composições florísticas diversas, chamado de “Complexo do Pantanal”.
Tal complexo apresenta elementos do Cerrado brasileiro, floresta amazônica em áreas alagadas e pantanosas, e ao mesmo tempo em terrenos mais elevados predomina uma floresta xerófita (plantas com capacidade de armazenamento de água) semelhante à caatinga. Desta forma, conclui-se que o Pantanal possui uma vegetação heterogênea. Em terrenos alagados encontram-se espécies flutuantes como o Aguapé, Erva-de-Santa-Luzia e espécies de água rasa como a Vitória Régia.


Região com características de cerrado apresenta semelhança a um campo de pastagem, composto por um tapete de gramíneas, terrenos mais altos e mais secos. É típico encontrar na região espinheiros e palmeiras.

A vegetação que acompanha as margens dos rios é chamada de Mata Ciliar. Consta nesta mata o Jenipapo, Ingazeiro, Embaúba, Tucum, Palmeira Acuri e o Pau-de-Novato(Infestada por formigas).

Nos Pontos mais altos ainda, onde há a formação de rocha calcária, as espécies características da caatinga nordestina predominam.




Fatos



A planície não é geradora de nenhum endemismo, mas é um local onde se pode encontrar facilmente exemplares da fauna brasileira ameaçada de extinção como tamanduá-bandeira, cervo - do- pantanal, ariranha e a arara azul. O Pantanal é considerado uma das vias mais importante para aves migratórias dos hemisférios Norte e Sul. Segundo dados da WWF de 1999, o pantanal possui 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis.

A pecuária bovina, a pesca e o turismo são as principais atividades econômicas do Pantanal. A criação de gado é extensiva. Em algumas áreas, o manejo é feito com a rotação de pastagem nativa, que anualmente é queimada. Em outras, o desmatamento vem crescendo exponencialmente, onde o cerradão e a mata estão dando lugar à pastagem cultivada.A pesca varia de subsistência (artesanal e recreativa) a esportiva e profissional são atividades econômicas importantes no Pantanal. Embora seja histórica e elemento fundamental para a economia da região, tem sido objeto de várias pesquisas e discussões ambientais, devido à pesca ilegal (fora de medida e época).

O turismo é uma atividade crescente no Pantanal, o qual bem estruturado e organizado é uma alternativa econômica que ajudará na conservação da flora e fauna pantaneira. Por apresentar uma belíssima paisagem aberta e de fácil visualização da fauna o Pantanal é um dos mais exuberantes atrativos de contemplação para o turismo de observação, rural e ecológico.

Embora seja um dos ecossistemas mais conservados do Brasil, segundo o último levantamento efetuado pelo do Ministério do Meio Ambiente, pois ainda contém 88% do habitat original, o Pantanal é afetado por problemas como o fogo e desmatamento que levam a descaracterização do habitat.

O fogo que não é um fator totalmente antrópico é historicamente utilizado no Pantanal como instrumento de manejo da pastagem nativa. Segundo dados da Embrapa Pantanal todos os anos o fogo atinge o Pantanal modificando a paisagem local. O número de focos de calor varia de ano para ano, em função das chuvas e umidade relativa do ar. Atualmente a queima controlada e regulamentada pelo IBAMA.

Em janeiro a Organização Conservação Internacional do Brasil Apresentou um relatório do desmatamento do Pantanal, Os dados levantados pela ONG apontam que a pecuária, a plantação de culturas exóticas e as carvoarias são as principais causas da destruição de 17% da cobertura vegetal desse ecossistema. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se destacam no agronegócio brasileiro, sendo os estados com o maior rebanho bovino no país que, em 2003, somavam quase 50 milhões de cabeças de gado (aproximadamente 25% do rebanho nacional). E das quase 50 mil toneladas de soja produzidas, em 2004, o Mato Grosso, cujo governador - Blairo Maggi - tem o título de maior produtor individual de soja no mundo, contribuiu com 14 mil toneladas do grão (29% da produção brasileira).

Curiosidades Pantaneiras



A maior cobra do Pantanal é a sucuri amarela. Mede até 4,5 metros e se alimenta de peixes, aves e pequenos mamíferos.

Tuiuiú, ave-símbolo do Pantanal, tem mais de 2 metros de envergadura com as asas abertas.

O jacaré do Pantanal mede até 2,5 metros de comprimento, alimentando-se principalmente de peixes.

O maior peixe do Pantanal é o jaú, um bagre gigante que chega a 1,5 metro de comprimento, pesando até 120 quilos.

O Pantanal apresenta grande diversidade de espécies de plantas superiores, como árvores e arbustos (1.647 espécies) e alta diversidade de fauna: 263 espécies de peixes, 122 espécies de mamíferos, 93 espécies de répteis, 1.132 espécies de borboletas e 656 espécies de aves.

As cheias anuais dos rios da região atingem cerca de 80% do Pantanal e transformam a região em um impressionante lençol d'água, afastando parte da população rural que migra temporariamente para as cidades ou vilas.

O Pantanal atrai cerca de 700 mil turistas por ano, 65% dos quais são pescadores.

Os 210 mil quilômetros quadrados do Pantanal equivalem à soma das áreas de quatro países europeus – Bélgica, Suíça, Portugal e Holanda.

A onça pintada do Pantanal chega a pesar 150 quilos, alimentando-se de aproximadamente 85 espécies de animais que vivem na região.

O Pantanal brasileiro tem 144.294 km2 de planície alagável, 61,9% dos quais (89.318 km2) no Mato Grosso do Sul, e 38,1% (54.976 km2) em Mato Grosso.

O bioma do Pantanal foi reconhecido em 2000 como Reserva da Biosfera. Essas reservas, declaradas pela Unesco, são instrumentos de gestão e manejo sustentável integrados que permanecem sob a jurisdição dos países nos quais estão localizadas.

O reduzido desnível da região produz a inundação periódica do Pantanal. Além disso, o relevo faz com que o Rio Paraguai ande bem devagar. Uma canoa à deriva no rio demoraria cerca de seis meses para atravessar o Pantanal.

A cada 24 horas, cerca de 178 bilhões de litros de água entram na planície pantaneira.

Existem mais espécies de aves no Pantanal (656 espécies) do que na América do Norte (cerca de 500) e mais espécies de peixes do que na Europa (263 no Pantanal contra aproximadamente 200 em rios europeus).

Área Aproximada




O Pantanal é a maior planície de inundação contínua do mundo, formada principalmente pelas cheias do rio Paraguai e afluentes. A região tem cerca de 250 mil km², sendo que mais de 80% fica no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O restante fica principalmente na Bolívia e uma pequena parte ao Paraguai, onde recebe o nome de Chaco.

Histórico do Pantanal


Muito antes do descobrimento do Brasil, os índios Guaicurus dominavam toda a região do Pantanal. Souberam utilizar o cavalo introduzido pelos espanhóis, tornando-se exímios cavaleiros. Durante séculos de penetração dos colonizadores, a resistência à ocupação se constituiu na tônica das relações entre índios e brancos. O Pantanal parece ter sido palco da maior e mais obstinada cena de oposição sistemática à presença colonizadora. Como resultado desse violento conflito ocorreu o quase extermínio da população indígena.

Os Xavantes, a mais importante tribo da região, dizimados e expulsos de suas terras localizadas entre os rios Araguaia e Tocantins, se encontram atualmente confinados em reservas indígenas distribuídas pelo território mato-grossense.

Deve-se também levar em consideração que, de acordo com recentes pesquisas em dezenas de sítios arqueológicos da região mato-grossense, onde foram encontrados inclusive ossos de animais pré-históricos como preguiças gigantes e tigres de dente-de-sabre, há evidências da presença do homem pré-histórico, grupos de caçadores/coletores e ceramistas, anteriores ao desenvolvimento das culturas indígenas conhecidas.

A área brasileira pertenceu à Espanha pelo Tratado das Tordesilhas, assinado em 1494, onde se localiza o Pantanal, foi ignorada pela certeza de que eram inesgotáveis as minas de ouro e prata do México, Peru e Bolívia. Diante dessa atitude dos espanhóis, os portugueses, já a partir de 1525, começaram a explorar a região.

Mais tarde, as bandeiras vasculharam todo território à procura de ouro, pedras preciosas e principalmente à caça de índios para os trabalhos na lavoura, já que o preço dos negros escravos estava acima das posses dos moradores da província de São Paulo. Embora, no início do século XVII, a Espanha tenha procurado barrar esse movimento, incentivando a construção de missões ao longo dos rios Paraguai e Paraná, a cargo dos padres jesuítas, a ocupação portuguesa já se consolidava.

Após a Guerra dos Emboabas, os paulistas, alijados da região das Minas Gerais, reorientaram as bandeiras em busca de novas jazidas auríferas. Foi assim que o bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobriu as minas de Cuiabá, em 1718.Diante desta descoberta, o rei D. João V de Portugal, em 1748, resolveu reorganizar a administração daquela área para facilitar a fiscalização. Separou a região em duas partes, criando dois governos próprios. Surgiram assim as Capitanias de Mato Grosso e de Goiás. Portugal e Espanha, após longas negociações, assinaram o Tratado de Madri, em 1750, oficializando a ocupação portuguesa. Em troca da colônia de Sacramento muito cobiçada pela Espanha, a coroa portuguesa recebeu todo o vale do Amazonas, com as áreas correspondentes aos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Rio Grande o Sul, onde se multiplicavam cidades e vilarejos.Porém, com o esgotamento das minas durante o século XIX, a região entrou em declínio, ficando abandonada por longo tempo.

Somente no início do século XX voltou a prosperar com a chegada de seringalistas, de plantadores de erva-mate e soja e sobre tudo de pecuaristas, reunindo um dos mais significativos rebanhos de gado bovino e tornando-se a última grande fronteira agrícola do Brasil. Em 1977, com a separação, o Estado de Mato Grosso do Sul ficou com dois terços da rica fauna e flora do Pantanal.Até as primeiras décadas deste século, a região era visitada praticamente apenas por expedições científicas, para conhecimento de sua fauna e flora exuberantes. Por essa época, o Pantanal recebeu um visitante ilustre.

O antropólogo francês, Claude Lévi-Strauss, encontrou no Centro-Oeste Brasileiro a inspiração para renovar a antropologia.O que marcou esta época foram as expedições chefiados pelo marechal Rondon que percorreram Mato Grosso até Rondônia e o Acre até Manaus, construindo milhares de quilômetros de linhas, várias estações telegráficas, descobrindo acidentes geográficos e sobre tudo mantendo relações pacíficas com os índios.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pantanal



Considerada a maior planície alagada do planeta e a terceira maior reserva ambiental do mundo, o Pantanal basileiro está localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Muito conhecido por sua fauna e flora diversificadas , o local atrai turistas do mundo inteiro que buscam uma paisagem exótica e atividades inusitadas comopesca, safári, trilhas e passeios de barco.
Berço das antigas civilizações indígenas, com cidades que se formaram logo no começo da civilização portuguesa, conserva construções desse período até hoje. Um grande espetáculo de cores e formas que permanece para sempre na lembrança.